segunda-feira, 27 de outubro de 2014

ATIVIDADE - HISTÓRIA DA MÚSICA BRASILEIRA - ENCERRADA

ALUNOS QUE REALIZARAMA ATIVIDADE – HISTÓIRA DA MUSICA BRASILEIRA

silas Freire moreira
gislane pereira santos
jessica santos
taís sousa barbosa
gislane pereira santos
jessica santos
gislane pereira santos
jessica santos
taís sousa barbosa
taís sousa barbosa
Thalita Rodrigues Spinola
Lucineide Conceição Batista
Raquel santos ribeiro pedra
Graziella Silva Messias
tiago lopes da silva
Levi Costa de Soousa
Larissa Pedreira Martins
carine amaro
josé victor guimaraes assis
Karine Rodrigues Santos

domingo, 26 de outubro de 2014

ROCK BRASILEIRO - 1980 - A DÉCADA DO ROCK BR


 Atribui-se a esta década a popularização do rock
brasileiro, movimento que surgiu para aproveitar a onda do estilo musical (rock) que já havia se consagrado mundialmente nos anos 70. Muitas bandas deste estilo, como os Titãs e Os Paralamas do Sucesso permanecem ativas até hoje, fazendo apresentações por todo o Brasil. Outras bandas e artistas da época, como Engenheiros do Hawaii, Legião Urbana e Renato Russo, foram imortalizados e tocam nas rádios até hoje, devido ao grande sucesso entre o público, principalmente adolescentes.

Nos anos 80, ocorreu a verdadeira "explosão" do rotulado "BRock". Isso se deve em parte à criação de casas de show, como Noites Cariocas e Circo Voador (Rio) e Aeroanta (São Paulo). As primeiras bandas a fazerem sucesso foram os irônicos Blitz ("Você não soube me amar") e Eduardo Dusek ("Rock da Cachorra", junto com João Penca e Seus Miquinhos Amestrados), no batizado "Verão do Rock", em 1982.

Eduardo Duzek
As bandas mais cultuadas dos anos 80 formam um "quarteto sagrado"[carece de fontes]. São elas: Os Paralamas do Sucesso, originários doRio de Janeiro, haviam se conhecido antes em Brasília e começaram a tocar na garagem de um dos integrantes; Titãs, paulistas (mais tarde "suavizados"). Inicialmente, juntavam as estéticas da new wave e do reggae com a da MPB, e, de 1982 à 1984, a banda era formada por nove integrantes - além dos músicos que continuam no grupo, fizeram parte do conjunto: Ciro Pessoa (vocais), Arnaldo Antunes (vocais), Marcelo Fromer (guitarra) e Nando Reis (baixo/vocais), logo se tornando um octeto, numa formação que duraria até 1992, com a saída de Arnaldo. O baterista do grupo Ira!, André Jung, tocou seu instrumento no primeiro trabalho titânico, depois cedendo seu posto a Charles Gavin; Os cariocas Barão Vermelho, surgidos em 82 e liderados por Cazuza. Com a saída dele (que teve carreira-solo bem sucedida), o guitarrista Frejat assumiu os vocais; e a mais influente Legião Urbana, liderada por Renato Russo, surgida em 82, emplacando alguns sucessos como "Faroeste Caboclo", "Será" e "Eduardo e Monica" que chegaram ao topo das rádios. A banda acabou com a morte de Renato Russo, em 1996. Os outros legionários que compunham a banda eram: Marcelo Bonfá (bateria) e Dado Villa-Lobos (Guitarra). Renato Rocha foi baixista da banda até 1988.

E teve outras também de grandes sucessos na época, como as bandas Sempre Livre, Gang 90 e as Absurdettes, Biquini Cavadão, Hanói Hanói, Hojerizah, Lobão e os Ronaldos, Metrô, Magazine, Grafitti, Ed Motta & Conexão Japeri, além de cantores(as) como Marina Lima,Léo Jaime, Ritchie, Kid Vinil, Fausto Fawcett, entre outros.

João Penca e seus miquinhos amestrados
Vários locais do Brasil tinham suas bandas surgindo no Rio de Janeiro, surgiram os alegres Kid Abelha e Léo Jaime; Uns e Outros e o fim da banda Vímana revelou Lulu Santos, Lobão (também ex-Blitz) e Ritchie; em São Paulo, o Festival Punk de 81 revelou Inocentes,Cólera e Ratos de Porão. Além dessa cena, surgiram as principais bandas paulistas, como Ultraje a Rigor (no qual Edgard Scandurr atoou antes do Ira!), Ira!, Titãs, RPM, Zero, Metrô, e Kid Vinil (então vocalista da banda Magazine). Sem se esquecer da cena independente muito bem representados pelo Fellini, Smack, Voluntários da Pátria, Akira S e As Garotas Que Erraram, e Mercenárias; em Brasília, o Aborto Elétrico (em que Renato Russo tocara) virou o Capital Inicial (que acabou se fixando em São Paulo), e a Plebe Rude teve o sucesso "Até Quando Esperar" e "Proteção"; e no Rio Grande do Sul, os "cabeças" Engenheiros do Hawaii e Nenhum de Nós chegaram ao sucesso nacional. Também estouraram bandas gauchas de rock como TNT, Taranatiriça, Cascavelletes, Os Replicantes, Os Eles, Bandaliera,Garotos da Rua, DeFalla. Na Bahia, chegou ao sucesso o Camisa de Vênus.

No heavy metal, originou-se em Minas Gerais a banda brasileira de maior sucesso internacional, o Sepultura, que toca o gênero extremothrash metal, com letras em inglês. Outra banda a conseguir algum destaque no exterior (Japão) foi a paulista Viper, que também escrevia letras em inglês, e que ajudou a desenvolver um estilo que viria a ser chamado de metal melódico no Brasil. O Viper foi também responsável por revelar o vocalista Andre Matos, que participaria de duas grandes bandas brasileiras: Angra e Shaman.

O ROCK BRASILEIRO I - 1950 A 1970

O "pontapé inicial" do rock no Brasil foi Nora Ney (conhecida cantora de samba-canção) quando gravou o considerado primeiro rock, "Rock around the Clock", de Bill Haley & His Comets (trilha do filme Sementes da Violência), em outubro de 1955, para a versão brasileira do filme. Em uma semana a canção já estava no topo das paradas (mas Nora Ney nunca mais gravou nada no gênero, tirando a irônica "Cansei do Rock", em 1961). Em dezembro, a mesma canção recebia versão em português, "Ronda das Horas" (por Heleninha Ferreira) e outra gravada por um acordeonista, não tão bem sucedidas quanto a "original".

Celly Campello
Em 1957, foi gravado o primeiro rock original em português, "Rock and Roll em Copacabana", escrito por Miguel Gustavo (futuro autor de "Pra Frente Brasil") e gravada por Cauby Peixoto. Entre 57 e 58, diversos artistas gravaram versões de músicas americanas, como "Até Logo, Jacaré" ("See You Later, alligator"),"Meu Fingimento" ("The Great Pretender" dos The Platters) e "Bata Baby" (Long Tall Sally de Little Richard).2

Embora em 57 o grupo Betinho & Seu Conjunto, de "Enrolando o Rock" tenha alcançado grande fama , os primeiros ídolos do rock nacional foram os irmãos Tony e Celly Campelo que, em 1958, lançaram o compacto Forgive Me/Handsome Boy, que vendeu 38 mil cópias. Tony gravaria mais dois singles até seu álbum em 1959, e Celly estourou em 1959 com "Estúpido Cupido" (120 mil cópias vendidas), chegando a ter boneca própria (com a qual aparece na capa de seu LP "Celly Campello, A Bonequinha Que Canta").


Os Campello também apresentariam Crush em Hi-Fi na Rede Record, programa totalmente voltado para a juventude, que revelou diversas bandas.Outros programas também surgiram para aproveitar a "febre" como Ritmos para a Juventude (Rádio Nacional-SP) , Clube do Rock (Rádio Tupi -RJ) e Alô Brotos! (TV Tupi). Em 1960, surgira até a Revista do Rock .

Década de 1960


O começo da década foi marcado pelo surgimento de grupos instrumentais como The Jet Black's, The Jordans e The Clevers (futuros Os Incríveis), e do cantor Ronnie Cord, que lançaria dois "hinos": a versão "Biquíni de Bolinha Amarelinha" e a rebelde "Rua Augusta".

Secos e Molhados
Até que surge um capixaba que se tornaria o maior ídolo do Rock Nacional dos anos 60 e, posteriormente, o maior nome da música brasileira: Roberto Carlos, que emplacou dois hits em 1963: "Splish Splash" e "Parei na Contramão". No ano seguinte, obteve mais sucessos como "É Proibido Fumar" (mais tarde regravada pelo Skank) e "O Calhambeque". Aproveitando o sucesso, a Rede Record lançou o programa Jovem Guarda, apresentado por Roberto ("Rei"), seu amigo Erasmo Carlos ("Tremendão") e Wanderléa ("Ternurinha"). Só nas primeiras semanas, atingira 90% da audiência.

Os mutantes
Seguindo o sucesso das Jovem Guarda, surgem entre outros, Renato e seus Blue Caps, Golden Boys, Jerry Adriani, Eduardo Araújo e Ronnie Von, que tinham seu som inspirado nos Beatles (o gênero apelidado "iê-iê-iê") e no rock primitivo. A Jovem Guarda também levou a todo tipo de produto e filmes como Roberto Carlos em Ritmo de Adventura (seguindo a trilha de A Hard Day's Night e Help! dos Beatles).

Apesar disso, os artistas da MPB "declararam guerra" ao iê-iê-iê da Jovem Guarda, chegando a um protesto de Elis Regina, Jair Rodrigues, entre outros, conhecido "Passeata contra as guitarras elétricas". O programa terminaria em 1968, com a saída de Roberto Carlos.


Ney Matogrossso
Então, surgiria a Tropicália. Em 1966, surgiram Os Mutantes: Rita Lee, Arnaldo Baptista e Sérgio Dias, com seu deboche e som inovador. Em 1967, a dupla Caetano Veloso e Gilberto Gil faria as canções "Alegria, Alegria" e "Domingo no Parque", apresentadas no III Festival da Rede Record. No ano seguinte, o álbum Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band fascinou a dupla, levando a apresentações vaiadas em festivais de Record e Excelsior, e ao álbum coletivo Tropicália ou Panis et Circensis, com Mutantes, Gal Costa, Tom Zé, Torquato Neto, Capinan, Rogério Duprat e Nara Leão, considerado um dos melhores álbuns brasileiros da história.

Os Mutantes também criariam carreira grandiosa, com álbuns elogiados a partir de 1968 e chegando a influenciar até Kurt Cobain, do Nirvana. O grupo começaria a se desmanchar com a saída de Rita Lee, em 1973.



Em 1973, surgiram Secos & Molhados, liderados por João Ricardo, com Ney Matogrosso como vocalista, que faziam a chamada "poesia musicada", com canções muito bem elaboradas como "Rosa de Hiroshima" ou "Prece Cósmica", apesar de alguns flertes menos poéticos e mais divertidos como "O Vira". Dois álbuns e um ano depois, em 1974, o grupo com sua formação clássica (João, Ney e Gerson Conrad) se desfez.

Raul Seixas
Em 1973 surgiu outro ícone: Raul Seixas, que vendera 600.000 compactos de "Ouro de Tolo" em poucos dias e se tornaria "bardo dos hippies" com músicas debochadas como "Mosca na Sopa" e "Maluco Beleza", esotéricas como "Eu Nasci Há Dez Mil Anos Atrás" e "Gita", e as motivacionais "Metamorfose Ambulante" ( que compunha aos 14 anos) e "Tente Outra Vez".

Movimentos surgiram em outros locais do Brasil: em Minas Gerais, o "Beatlesco" Clube da Esquina, liderado por Milton Nascimento e Lô Borges; e no Nordeste, a "nova onda" dos Novos Baianos, além da chamada "Invasão Nordestina": artistas que misturaram o sertanejo ao rock, como Fagner, Zé Ramalho e Belchior.
Rita Lee ao centro na época dos Mutantes

Mesmo com o pouco espaço na mídia, várias bandas e estilos se destacavam no circuito underground da época, como o progressivo regional de O Terço (que chegou a gravar um álbum em inglês voltado para o mercado italiano), o hard rock do Made in Brazil, o rock rural de Sá, Rodrix e Guarabyra e o hard progressivo do Casa das Máquinas.

No verão de 1975 foi organizado o pioneiro festival de rock no Brasil, o "Hollywood Rock", patrocinado pela companhia Souza Cruz, no Rio de Janeiro.Participaram os grupos Vimana, O Peso, Rita Lee & Tutti Frutti, além dos cantores Erasmo Carlos, Celly e Tony Campelo e Raul Seixas. As apresentações foram registradas no documentário Ritmo Alucinante, lançado no mesmo ano.

ANOS 70

Foi a época em que aconteceu a crise do petróleo, o que levou os Estados Unidos, o Brasil, a Suécia e o Reino Unido à recessão, ao mesmo tempo que economias de países como o Japão e Alemanha, na época Alemanha Ocidental começavam a crescer. Nesta época também surgia a defesa do meio ambiente, e houve também um crescimento das revoluções comportamentais da década anterior. Muitos a consideram a "era do individualismo". Eclodiam nesta época os movimentos músicos das discotecas e também do experimentalismo na música erudita.

Pela televisão, o mundo se tornou infinitamente menos secreto. Richard Nixon, o presidente americano deposto pelo caso Watergate, foi uma "personalidade" típica das telas de televisão dos anos 70. Sua saída do governo foi festejada pela população dos Estados Unidos e o resto do mundo acompanhou todo o escândalo "de perto", através da tela da televisão.

Guerras e política[editar | editar código-fonte]
Dá-se a Revolução dos Cravos em Portugal (25 de Abril de 1974) e a independência das então colónias portuguesas em África: Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe. Timor-Leste também proclamou a sua independência em 1975, mas foi imediatamente invadido pela Indonésia, uma ocupação que durou até 1999.

Na União Soviética, sob a gestão neo-stalinista de Brejnev, a economia caminhava progressivamente, o que permitiu tornar o exército vermelho o mais poderoso e influente no mundo, atemorizando os norte-americanos, que preferiram tomar o caminho da paz, nas gestões de Richard Nixon, Gerald Ford e Jimmy Carter.

Neste período, as corridas espacial e armamentista se encerraram, dando lugar a um progresso humanístico, que visava não o interesse individual das potências, mas sim da humanidade, o período da chamada humanidade progressista.

Em Angola e Moçambique estalaram guerras civis (a guerra civil de Angola e a Guerra de desestabilização de Moçambique) com grande envolvimento de outros países, dentro do contexto da guerra fria. Ao mesmo tempo, intensificavam-se as lutas de libertação da Rodésia (que ascendeu à independência em 1980) e da Namíbia, que só se libertou da África do Sul com a derrocada do regime do apartheid na África do Sul, em 1990.

Em vários estados democráticos, especialmente no Japão, na França e na Suécia, mas também naqueles em que vigiam regimes ditatoriais, Espanha, Grécia e países do Cone Sul, os anos 1970 foram marcados por violência política, luta armada e terrorismo de esquerda e de direita, bem como pelo endurecimento do aparato repressivo estatal.


Termina a Guerra do Vietname, com a derrota dos Estados Unidos e reunificação do país.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

BOSSA NOVA II

ESSA BOSSA É NOSSA!!

No caso brasileiro, pode-se dizer que os anos 60 começam com o surgimento da Bossa Nova.
Acho que todos concordam que ela começa com a batida de violão de João Gilberto na música Chega de saudade, incluída no disco de Elizeth Cardoso Canção do amor demais (1958). 
A voz de Elizeth representava o padrão do “vozeirão” da Era do Rádio: a cantora tinha potência, usava muito vibrato, portamentos e prolongava as vogais. Coisa que os jovens classe-média-zona-sul da época julgavam muito antiquado. 
O violão de João Gilberto era a grande sacada. O cantor gravou novamente a canção em seu primeiro LP, de 1959. A interpretação vocal escolhida sugeria o que seria o novo estilo: a contenção, a economia de meios. Nada de vibrato, pouco volume, sem prolongamentos vocálicos a diluir a rítmica da canção. 
Em torno da interpretação de João Gilberto para as canções de Jobim foram surgindo uma série de músicos articulados com um projeto de representação moderna do Brasil através da música popular. Este projeto de fazer soar um Brasil moderno remontava às experiências musicais do modernismo, especialmente Villa-Lobos. Os modernistas haviam protagonizado uma representação musical do Brasil, mas aplicada à partitura que soava nas salas de concerto. 
Desde a publicação da Revista de Música Popular (1954-56), ficava patente que um grupo de jornalistas e memorialistas começava a cultivar a ideia de que a representação sonora do Brasil se faria não mais pela aplicação de características da música popular às técnicas de composição de música erudita. Mas sim, os próprios compositores populares, calcados na ideia de que o samba dos anos 1920/30 representava a brasilidade autêntica, iriam processar a representação do Brasil moderno em suas canções. 
A ideia estava perfeitamente na onda do entusiasmo desenvolvimentista de fins da década de 1950. Juscelino Kubitscheck chegou a ser apelidado de “presidente Bossa Nova”. 
Na virada de 1961/62 a coisa mudou completamente de figura: o entusiasmo de crescer “50 anos em 5″ revelava sua face obscura. O crescimento acelerado foi feito com excesso de endividamento, comprometimento das finanças públicas, e dependência das multinacionais. O resultado foi a inflação descontrolada, e problemas no balanço de pagamentos. 
A crise se agravou com a renúncia de Jânio Quadros, e as histórias em torno da luta para garantir a posse do vice-presidente eleito – João Goulart, estão muito bem contadas na biografia recém publicada pelo historiador Jorge Ferreira (fiz uma resenha disso aqui na Gazeta). 
Ou seja, em 1962 , o Brasil vivia uma percepção aguda dos problemas sociais e do subdesenvolvimento. Às greves e à radicalização do clima político, equivalia uma agitação cultural sem precedentes, com o envolvimento da juventude universitária como grupo privilegiado de circulação e produção de uma cultura nacionalista e de esquerda. Havia uma percepção de que a Bossa Nova tinha feito a necessária modernização estética, mas carecia de conteúdo. 
Essa reviravolta nos conteúdos, construiu em cima das conquistas harmônicas e estéticas da Bossa Nova um novo gênero de canção, alcunhado Bossa Nova Nacionalista, ou Canção de Protesto, ou ainda, Canção Engajada. 
Para percebermos estas mudanças, escutamos as seguintes canções: 

Carlos Lira – Influência do jazz (1963) 
Baden Powell e Vinícius de Moraes – Canto de Ossanha (1966)

 Edu Lobo – Borandá (1967)

BOSSA NOVA

 

Bossa Nova é um movimento da música popular brasileira do final dos anos 50 lançado por João Gilberto, Tom Jobim, Vinícius de Moraes e jovens cantores e/ou compositores de classe média da zona sul carioca, derivado do samba e com forte influência do jazz. De início, o termo era apenas relativo a um novo modo de cantar e tocar samba naquela época, ou seja, a uma reformulação estética dentro do moderno samba carioca urbano. Com o passar dos anos, a Bossa Nova tornou-se um dos movimentos mais influentes da história da música popular brasileira, conhecido em todo o mundo, um grande exemplo disso é a música Garota de Ipanema composta em 1962 por Vinícius de Moraes e Antônio Carlos Jobim.
A palavra bossa apareceu pela primeira vez na década de 1930, em Coisas Nossas, samba do popular cantor Noel Rosa: O samba, a prontidão/e outras bossas,/são nossas coisas(...). A expressão bossa nova passou a ser utilizada também na década seguinte para aqueles sambas de breque, baseado no talento de improvisar paradas súbitas durante a música para encaixar falas.
Alguns críticos musicais destacam uma certa influência que a cultura americana do Pós-Guerra, de músicos como Stan Kenton, combinada ao impressionismo erudito, de Debussy e Ravel, teve na bossa nova, especialmente do cool jazz e bebop. Embora tenha pouca influência de música estrangeira como o Jazz, a Bossa Nova possui elementos de samba sincopado. Além disso, havia um fundamental inconformismo com o formato musical de época. Os cantores Dick Farney e Lúcio Alves, que fizeram sucesso nos anos da década de 1950 com um jeito suave e minimalista (em oposição a cantores de grande potência sonora) também são considerados influências positivas sobre os garotos que fizeram a Bossa Nova.
Um embrião do movimento, já na década de 1950, eram as reuniões casuais, frutos de encontros de um grupo de músicos da classe média carioca em apartamentos da zona sul, como o de Nara Leão, na Avenida Atlântica, em Copacabana. Nestes encontros, cada vez mais frequentes, a partir de 1957, um grupo se reunia para fazer e ouvir música. Dentre os participantes estavam novos compositores da música brasileira, como Billy Blanco, Carlos Lyra, Roberto Menescal e Sérgio Ricardo, entre outros. O grupo foi aumentando, abraçando também Chico Feitosa, João Gilberto, Luiz Carlos Vinhas, Ronaldo Bôscoli, entre outros.

Primeiro movimento musical brasileiro egresso das faculdades, já que os primeiros concertos foram realizados em âmbito universitário, pouco a pouco aquilo que se tornaria a bossa nova foi ocupando bares do circuito de Copacabana, no chamado Beco das Garrafas.


No final de 1957, numa destas apresentações, no Colégio Israelita-Brasileiro, teria havido a ideia de chamar o novo gênero - então apenas denominado de samba sessions, numa alusão à fusão entre samba e jazz -,devido a um recado escrito num quadro-negro, provavelmente escrito por uma secretária do colégio, chamando as pessoas para uma apresentação de samba-sessions por uma turma "bossa-nova". No evento participaram Carlos Lyra, Ronaldo Bôscoli, Sylvia Telles, Roberto Menescal e Luiz Eça, onde foram anunciados como "(...)grupo bossa nova apresentando sambas modernos".

ERA DO RÁDIO III

Na década de 1995 o radio já havia se consolidado como grande veículo de comunicação no Brasil, já produzia grandes estrelas e grandes sucessos. Nesse site GGN podemos ver um post muito interessante sobre o período, inclusive porque a autora do post fez um trabalho legal pegando as músicas tops em cada década a partir de 1900.

terça-feira, 30 de setembro de 2014

ERA DO RÁDIO II

OS FAMOSOS DA ÉPOCA DE OURO DO RÁDIO


Francisco Alves


Nelson Gonçalves







A ERA DO RÁDIO

A primeira transmissão de rádio realizada no Brasil ocorreu no dia 7 de setembro de 1922, durante a inauguração da Exposição do Centenário da Independência na Esplanada do Castelo. O público ouviu o pronunciamento do Presidente da República, Epitácio Pessoa, a ópera O Guarani, de Carlos Gomes, transmitida diretamente do Teatro Municipal. Desde 1922 as experiências com rádio-clubes vinham sendo realizadas; entretanto, foi somente em 1923 que Roquette Pinto inaugurou a primeira emissora de rádio, a Rádio Sociedade. No ano seguinte, foi inaugurada a Rádio Clube do Brasil. Em 1926, foi inaugurada a Rádio Mayrink Veiga, seguida da Rádio Educadora, além de outras da Bahia, Pará e Pernambuco.

A década de 30 marcou o apogeu do rádio como veículo de comunicação de massa, refletindo as mudanças pelas quais o país passava. O crescimento da economia nacional atraía investimentos estrangeiros, que encontravam no Brasil um mercado promissor. A indústria elétrica, aliada à indústria fonográfica, proporcionaram um grande impulso à expansão radiofônica. A Era do Rádio e a Era de Ouro dos Cassinos, esta associados à alguns artistas famosos que tiveram suas carreiras impulsionadas pela divulgação no rádio, e como palco ou referências de grandes shows os famosos cassinos da primeira metade do século 20. O Rio de Janeiro desta época, Capital da República, era cheio de glamour, efervescência cultural e centro da política brasileira. O Cassino da Urca marcou uma época, e talvez tenha sido o mais famoso de todos. Grandes nomes do cenário artístico nacional e internacional lá se apresentaram. Entre os artistas nacionais que lá fizeram shows memoráveis estão Carmen Miranda, Emilinha Borbae e Grande Otelo.


(1938 - 1945)
Quando a Rádio Nacional foi fundada, no ano de 1936, o mundo inteiro ainda mal refeito da primeira Grande Guerra esperava pela eclosão de um novo conflito. No Brasil, Getúlio Vargas governava com aparência de alguma legalidade. Fora eleito por uma Assembléia Constituinte, por ele mesmo nomeada, em 1934. Entretanto, o golpe que viria a implantar o Estado Novo encontrava-se em gestação. O governo conseguira a pouco debelar a Intentona Comunista, liderada por Carlos Prestes. Foi neste cenário, que a Rádio Nacional foi concebida.3 A Rádio Nacional marcou a radiofonia no Brasil. Em seus quadros, brilhavam os talentos de Iberê Gomes Grosso, Luciano Perrone, Almirante, Radamés Gnattali e Dorival Caymmi. Em 1940, a Rádio Nacional foi encampada pelo governo de Getúlio Vargas, a programação ganhou novo formato, sob a direção de Gilberto de Andrade.

O auge do rádio no Brasil ocorreu a partir dos anos 40, quando o país assiste o surgimento de ídolos, novelas e revistas a expor o meio artístico. Dessa época são nomes como Mário Lago, Cauby Peixoto, Emilinha Borba, Paulo Gracindo, Janete Clair e muitos outros, que eram retratados na Revista do Rádio, de Anselmo Domingos.


Apesar de ter garantido por várias décadas papel de destaque na sociedade brasileira, em fins da década de 1950, com a concorrência da televisão, o rádio começou a perder prestígio, uma vez que a recente novidade reunia não apenas som, mas também imagem. Além do mais, ficava caro manter um cast de atores e atrizes.









RESULTADOS DO QUESTIONÁRIO 01 - CHORINHO

20 ALUNOS RESPONDERAM AO QUESTIONÁRIO


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segunda-feira, 29 de setembro de 2014

SAMBA





O samba é um gênero musical, o qual se deriva de um tipo de dança, de raízes africanas, surgido no Brasil e considerado uma das principais manifestações culturais populares brasileiras. Dentre suas características originais, possui uma forma na qual a dança é acompanhada por pequenas frases melódicas e refrões de criação anônima, alicerces do samba de roda nascido no Recôncavo Baiano.5 


Apesar de ser um gênero musical resultante das estruturas musicais europeias e africanas, foi com os símbolos da cultura negra que o samba se alastrou pelo território nacional. Embora houvesse variadas formas de samba no Brasil (não apenas na Bahia, como também no Maranhão, em Minas Gerais, em Pernambuco e em São Paulo), sob a forma de diversos ritmos e danças populares regionais que se originaram do batuque, o samba como gênero musical é entendido como uma expressão musical urbana do Rio de Janeiro, então capital do Brasil Imperial, onde chegou durante a segunda metade do século XIX levado por negros oriundos do sertão baiano.

No Rio de Janeiro, a dança praticada pelos escravos libertos entrou em contato e incorporou outros gêneros musicais populares entre os cariocas, como a polca, o maxixe, o lundu e o xote, adquirindo um caráter totalmente singular nas primeiras décadas do século XX. Um marco dentro da história moderna e urbana do samba ocorreu em 1917, no próprio Rio de Janeiro, com a gravação em disco de "Pelo Telefone", considerado o primeiro samba a ser gravado no Brasil (segundo os registros da Biblioteca Nacional). O sucesso alcançado pela canção contribuiu para a divulgação e popularização do samba como gênero musical.
A partir de então, esse estilo de samba urbano surgido no Rio começou a ser propagado pelo país e, na década de 1930, foi alçado da condição "local" à símbolo da identidade nacional brasileira. Inicialmente, foi um samba associado ao carnaval e posteriormente adquirindo um lugar próprio no mercado musical. Surgiram muitos compositores como Heitor dos Prazeres, João da Baiana, Pixinguinha e Sinhô, mas os sambas destes compositores eram amaxixados, conhecidos como sambas-maxixe. Os contornos modernos desse samba urbano carioca viriam somente no final da década de 1920, a partir de inovações em duas frentes: com um grupo de compositores dos blocos carnavalescos dos bairros do Estácio de Sá e Osvaldo Cruz e com compositores dos morros da cidade como em Mangueira, Salgueiro e São Carlos. Não por acaso, identifica-se esse formato de samba como "genuíno" ou "de raiz". A medida que o samba no Rio de Janeiro consolidava-se como uma expressão musical urbana e moderna, ele passou a ser tocado em larga escala nas rádios, espalhando-se pelos morros cariocas e bairros da zona sul do Rio de Janeiro. Inicialmente criminalizado e visto com preconceito, por suas origens negras, o samba conquistaria o público de classe média também.
 

O samba moderno urbano surgido a partir do início do século XX, no Rio de Janeiro, tem ritmo basicamente 2/4 e andamento variado, com aproveitamento consciente das possibilidades dos estribilhos cantados ao som de palmas e ritmo batucado, e aos quais seriam acrescentados uma ou mais partes, ou estâncias, de versos declamatórios. Tradicionalmente, esse samba é tocado por instrumentos de corda (cavaquinho e vários tipos de violão) e variados instrumentos de percussão, como o pandeiro, o surdo e o tamborim. Com o passar dos anos, outros instrumentos foram sendo assimilados, e se criaram novas vertentes oriundas dessa base urbano carioca de samba, que ganharam denominações próprias, como o samba de breque, o samba-canção, a bossa nova, o samba-rock, o pagode, entre outras. Em 2005, o samba de roda se tornou um Patrimônio da Humanidade da Unesco.

SAIBA MAIS...

sábado, 6 de setembro de 2014

O CHORINHO

CHORINHO





O choro, popularmente chamado de chorinho, é um gênero de música popular e instrumental brasileira, que surgiu no Rio de Janeiro em meados do século XIX.

Chiquinha Gonzaga
O choro pode ser considerado como a primeira música urbana tipicamente brasileira e ao longo dos anos se transformou em um dos gêneros mais prestigiados da música popular nacional, reconhecido em excelência e requinte. Tem como origens estilísticas o lundu, ritmo de inspiração africana à base de percussão, com gêneros europeus. A composição instrumental dos primeiros grupos de choro era baseada na trinca flauta, violão e cavaquinho - a esse núcleo inicial do choro também se chamava pau e corda, por serem de ébano as flautas usadas -, mas com o desenvolvimento do gênero, outros instrumentos de corda e sopro foram incorporados.

O choro é visto como o recurso do qual se utilizou o músico popular para executar, ao seu estilo, a música importada e consumida nos salões e bailes da alta sociedade do Império a partir da metade do século XIX. Sob o impulso criador e improvisado dos chorões, logo a música resultante perdeu as características dos seus países originários e adquiriu feições genuinamente brasileiras. A improvisação é condição básica do bom chorão, termo ao qual passou a ser conhecido o músico integrante do choro, bem como requer uma alta virtuosidade de seus intérpretes, cuja técnica de composição não deve dispensar o uso de modulações imprevistas e armadas com o propósito de desafiar a capacidade ou o senso polifônico dos acompanhantes. Além disso, admite uma grande variedade na composição instrumental de cada conjunto e comporta a participação de um grande número de participantes, sem prefixar seu número.
Joaquim Callado

Os primeiros conjuntos de choro surgiram por volta da década de 1870, nascidos nas biroscas do bairro Cidade Nova e nos quintais dos subúrbios cariocas. O flautista e compositor Joaquim Antônio da Silva Calado, os pianistas Ernesto Nazaré e Chiquinha Gonzaga, e o maestro Anacleto de Medeiros compuseram quadrilhas, polcas, tangos, maxixes, xotes e marchas, estabelecendo os pilares do choro e da música popular carioca da virada do século XIX para o século XX, que com a difusão de bandas de música e do rádio foi ganhando todo o território nacional. Herdeiro de toda essa tradição musical, Pixinguinha consolidou o choro como gênero musical, levando o virtuosismo na flauta e aperfeiçoando a linguagem do contraponto com seu saxofone e organizou inúmeros grupos musicais, tornando-se o maior compositor de choro.


ORIGENS

Tido como a primeira música popular urbana típica do Brasil, a história está ligada com a chegada, em 1808, da Família Real portuguesa ao Brasil. Promulgada capital do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves em 1815, o Rio de Janeiro passou, então, por uma reforma urbana e cultural, quando foram criados cargos públicos. Com a corte portuguesa vieram instrumentos de origem européia como o piano, clarinete, violão, flauta, bandolim e cavaquinho, bem como seus instrumentistas.Com esses viajantes, chegou ao Brasil a música de dança de salão europeia, como a valsa, a quadrilha, a mazurca, a modinha, a schottish e principalmente a polca, que viraram moda nos bailes daquela época.
Ernesto Nazare

A reforma urbana, os instrumentos e as músicas estrangeiras, juntamente com a abolição do tráfico de escravos no Brasil em 1850, foram condições históricas para o surgimento do choro, já que possibilitou a emergência de novos ofícios para as camadas populares. Nesse contexto, tendo como origens estilísticas o lundu, ritmo de inspiração africana à base de percussão, com gêneros europeus, nasceu o choro no Rio de Janeiro, por volta de 1870.1 Esses grupos de instrumentistas populares, a quem se daria mais tarde o nome de chorões, eram oriundos de segmentos da classe média baixa da sociedade carioca, sendo em sua grande maioria modestos funcionários de repartições públicas - como da Alfândega, dos Correios e Telégrafos e da Estrada de Ferro Central do Brasil - cujo trabalho lhes permitiam uma boemia regular, e geralmente moradores da Cidade Nova.8 Sem muito compromisso e sem precisar tocar por dinheiro, essas pessoas passaram a formar conjuntos para tocar de "ouvido" essas músicas, que juntamente com alguns ritmos africanos já enraizados na cultura brasileira, como o batuque e o lundu, passaram a ser tocadas de maneira abrasileirada pelos músicos que foram então batizados de chorões. Inicialmente, eles se reuniam aos domingos nos chamados pagodes no fundo dos quintais dos subúrbios cariocas ou nas residências da Cidade Nova.2 Com isso, se tornaram os principais canais de divulgação do estilo para o povo. Um dos preceitos desses pagodes ou tocatas domingueiras era uma mesa farta em alimentos e bebidas.

As formações pioneiras adotavam como terno de instrumentos a flauta, o violão e o cavaquinho. A flauta como "solista", o violão na "baixaria" e o cavaquinho como "centro". Aos poucos, os chorões passaram a se apresentar constantemente em saraus da elite imperial, executando os gêneros europeus mais em voga imprimindo uma genuína cultura afro-carioca, sempre com improvisações e desafios entre os instrumentistas solistas e de acompanhamento, que foram consolidando o estilo.
               
As mais antigas referências a esses grupos de músicos mencionam o flautista Calado como o iniciador e organizador desses primeiros conjuntos. Como era professor da cadeira de flauta do Conservatório Imperial, Calado teve grande conhecimento musical e reuniu em torno de si os melhores músicos da época, que tocavam por simples prazer e descompromisso de fazer música. O conjunto instrumental "O Choro de Calado" costumava se reunir sem ideia prévia quanto a composição instrumental ou quanto ao número de figurantes de cada grupo.2 Foi também ele o pioneiro em grafar a palavra choro no local destinado ao gênero em uma de suas partituras - a da polca "Flor Amorosa" -, até então, os compositores se limitavam a indicar, como gênero, os ritmos tradicionais. A polca "Flor Amorosa", composta por Calado em 1867nota 1 é considerada a primeira composição do gênero. Desse conjunto fez parte Viriato Figueira, seu aluno e amigo e também sua amiga, a maestrina Chiquinha Gonzaga, uma pioneira como a primeira chorona, compositora e pianista do gênero.

Em 1877, Chiquinha Gonzaga compôs "Atraente", e em 1897, "Gaúcho" ou "Corta-Jaca", grandes contribuições ao repertório do gênero, entre outras composições, como "Lua Branca". O choro era considerado apenas uma maneira mais sincopada (pela influência do lundu e do batuque) de se interpretar aquelas músicas, portanto recebeu fortes influências, porém aos poucos a música gerada sob o improviso dos chorões foi perdendo as características dos seus países de origem e os conjuntos de choro proliferaram na cidade, estendendo-se ao Brasil.