segunda-feira, 27 de outubro de 2014

ATIVIDADE - HISTÓRIA DA MÚSICA BRASILEIRA - ENCERRADA

ALUNOS QUE REALIZARAMA ATIVIDADE – HISTÓIRA DA MUSICA BRASILEIRA

silas Freire moreira
gislane pereira santos
jessica santos
taís sousa barbosa
gislane pereira santos
jessica santos
gislane pereira santos
jessica santos
taís sousa barbosa
taís sousa barbosa
Thalita Rodrigues Spinola
Lucineide Conceição Batista
Raquel santos ribeiro pedra
Graziella Silva Messias
tiago lopes da silva
Levi Costa de Soousa
Larissa Pedreira Martins
carine amaro
josé victor guimaraes assis
Karine Rodrigues Santos

domingo, 26 de outubro de 2014

ROCK BRASILEIRO - 1980 - A DÉCADA DO ROCK BR


 Atribui-se a esta década a popularização do rock
brasileiro, movimento que surgiu para aproveitar a onda do estilo musical (rock) que já havia se consagrado mundialmente nos anos 70. Muitas bandas deste estilo, como os Titãs e Os Paralamas do Sucesso permanecem ativas até hoje, fazendo apresentações por todo o Brasil. Outras bandas e artistas da época, como Engenheiros do Hawaii, Legião Urbana e Renato Russo, foram imortalizados e tocam nas rádios até hoje, devido ao grande sucesso entre o público, principalmente adolescentes.

Nos anos 80, ocorreu a verdadeira "explosão" do rotulado "BRock". Isso se deve em parte à criação de casas de show, como Noites Cariocas e Circo Voador (Rio) e Aeroanta (São Paulo). As primeiras bandas a fazerem sucesso foram os irônicos Blitz ("Você não soube me amar") e Eduardo Dusek ("Rock da Cachorra", junto com João Penca e Seus Miquinhos Amestrados), no batizado "Verão do Rock", em 1982.

Eduardo Duzek
As bandas mais cultuadas dos anos 80 formam um "quarteto sagrado"[carece de fontes]. São elas: Os Paralamas do Sucesso, originários doRio de Janeiro, haviam se conhecido antes em Brasília e começaram a tocar na garagem de um dos integrantes; Titãs, paulistas (mais tarde "suavizados"). Inicialmente, juntavam as estéticas da new wave e do reggae com a da MPB, e, de 1982 à 1984, a banda era formada por nove integrantes - além dos músicos que continuam no grupo, fizeram parte do conjunto: Ciro Pessoa (vocais), Arnaldo Antunes (vocais), Marcelo Fromer (guitarra) e Nando Reis (baixo/vocais), logo se tornando um octeto, numa formação que duraria até 1992, com a saída de Arnaldo. O baterista do grupo Ira!, André Jung, tocou seu instrumento no primeiro trabalho titânico, depois cedendo seu posto a Charles Gavin; Os cariocas Barão Vermelho, surgidos em 82 e liderados por Cazuza. Com a saída dele (que teve carreira-solo bem sucedida), o guitarrista Frejat assumiu os vocais; e a mais influente Legião Urbana, liderada por Renato Russo, surgida em 82, emplacando alguns sucessos como "Faroeste Caboclo", "Será" e "Eduardo e Monica" que chegaram ao topo das rádios. A banda acabou com a morte de Renato Russo, em 1996. Os outros legionários que compunham a banda eram: Marcelo Bonfá (bateria) e Dado Villa-Lobos (Guitarra). Renato Rocha foi baixista da banda até 1988.

E teve outras também de grandes sucessos na época, como as bandas Sempre Livre, Gang 90 e as Absurdettes, Biquini Cavadão, Hanói Hanói, Hojerizah, Lobão e os Ronaldos, Metrô, Magazine, Grafitti, Ed Motta & Conexão Japeri, além de cantores(as) como Marina Lima,Léo Jaime, Ritchie, Kid Vinil, Fausto Fawcett, entre outros.

João Penca e seus miquinhos amestrados
Vários locais do Brasil tinham suas bandas surgindo no Rio de Janeiro, surgiram os alegres Kid Abelha e Léo Jaime; Uns e Outros e o fim da banda Vímana revelou Lulu Santos, Lobão (também ex-Blitz) e Ritchie; em São Paulo, o Festival Punk de 81 revelou Inocentes,Cólera e Ratos de Porão. Além dessa cena, surgiram as principais bandas paulistas, como Ultraje a Rigor (no qual Edgard Scandurr atoou antes do Ira!), Ira!, Titãs, RPM, Zero, Metrô, e Kid Vinil (então vocalista da banda Magazine). Sem se esquecer da cena independente muito bem representados pelo Fellini, Smack, Voluntários da Pátria, Akira S e As Garotas Que Erraram, e Mercenárias; em Brasília, o Aborto Elétrico (em que Renato Russo tocara) virou o Capital Inicial (que acabou se fixando em São Paulo), e a Plebe Rude teve o sucesso "Até Quando Esperar" e "Proteção"; e no Rio Grande do Sul, os "cabeças" Engenheiros do Hawaii e Nenhum de Nós chegaram ao sucesso nacional. Também estouraram bandas gauchas de rock como TNT, Taranatiriça, Cascavelletes, Os Replicantes, Os Eles, Bandaliera,Garotos da Rua, DeFalla. Na Bahia, chegou ao sucesso o Camisa de Vênus.

No heavy metal, originou-se em Minas Gerais a banda brasileira de maior sucesso internacional, o Sepultura, que toca o gênero extremothrash metal, com letras em inglês. Outra banda a conseguir algum destaque no exterior (Japão) foi a paulista Viper, que também escrevia letras em inglês, e que ajudou a desenvolver um estilo que viria a ser chamado de metal melódico no Brasil. O Viper foi também responsável por revelar o vocalista Andre Matos, que participaria de duas grandes bandas brasileiras: Angra e Shaman.

O ROCK BRASILEIRO I - 1950 A 1970

O "pontapé inicial" do rock no Brasil foi Nora Ney (conhecida cantora de samba-canção) quando gravou o considerado primeiro rock, "Rock around the Clock", de Bill Haley & His Comets (trilha do filme Sementes da Violência), em outubro de 1955, para a versão brasileira do filme. Em uma semana a canção já estava no topo das paradas (mas Nora Ney nunca mais gravou nada no gênero, tirando a irônica "Cansei do Rock", em 1961). Em dezembro, a mesma canção recebia versão em português, "Ronda das Horas" (por Heleninha Ferreira) e outra gravada por um acordeonista, não tão bem sucedidas quanto a "original".

Celly Campello
Em 1957, foi gravado o primeiro rock original em português, "Rock and Roll em Copacabana", escrito por Miguel Gustavo (futuro autor de "Pra Frente Brasil") e gravada por Cauby Peixoto. Entre 57 e 58, diversos artistas gravaram versões de músicas americanas, como "Até Logo, Jacaré" ("See You Later, alligator"),"Meu Fingimento" ("The Great Pretender" dos The Platters) e "Bata Baby" (Long Tall Sally de Little Richard).2

Embora em 57 o grupo Betinho & Seu Conjunto, de "Enrolando o Rock" tenha alcançado grande fama , os primeiros ídolos do rock nacional foram os irmãos Tony e Celly Campelo que, em 1958, lançaram o compacto Forgive Me/Handsome Boy, que vendeu 38 mil cópias. Tony gravaria mais dois singles até seu álbum em 1959, e Celly estourou em 1959 com "Estúpido Cupido" (120 mil cópias vendidas), chegando a ter boneca própria (com a qual aparece na capa de seu LP "Celly Campello, A Bonequinha Que Canta").


Os Campello também apresentariam Crush em Hi-Fi na Rede Record, programa totalmente voltado para a juventude, que revelou diversas bandas.Outros programas também surgiram para aproveitar a "febre" como Ritmos para a Juventude (Rádio Nacional-SP) , Clube do Rock (Rádio Tupi -RJ) e Alô Brotos! (TV Tupi). Em 1960, surgira até a Revista do Rock .

Década de 1960


O começo da década foi marcado pelo surgimento de grupos instrumentais como The Jet Black's, The Jordans e The Clevers (futuros Os Incríveis), e do cantor Ronnie Cord, que lançaria dois "hinos": a versão "Biquíni de Bolinha Amarelinha" e a rebelde "Rua Augusta".

Secos e Molhados
Até que surge um capixaba que se tornaria o maior ídolo do Rock Nacional dos anos 60 e, posteriormente, o maior nome da música brasileira: Roberto Carlos, que emplacou dois hits em 1963: "Splish Splash" e "Parei na Contramão". No ano seguinte, obteve mais sucessos como "É Proibido Fumar" (mais tarde regravada pelo Skank) e "O Calhambeque". Aproveitando o sucesso, a Rede Record lançou o programa Jovem Guarda, apresentado por Roberto ("Rei"), seu amigo Erasmo Carlos ("Tremendão") e Wanderléa ("Ternurinha"). Só nas primeiras semanas, atingira 90% da audiência.

Os mutantes
Seguindo o sucesso das Jovem Guarda, surgem entre outros, Renato e seus Blue Caps, Golden Boys, Jerry Adriani, Eduardo Araújo e Ronnie Von, que tinham seu som inspirado nos Beatles (o gênero apelidado "iê-iê-iê") e no rock primitivo. A Jovem Guarda também levou a todo tipo de produto e filmes como Roberto Carlos em Ritmo de Adventura (seguindo a trilha de A Hard Day's Night e Help! dos Beatles).

Apesar disso, os artistas da MPB "declararam guerra" ao iê-iê-iê da Jovem Guarda, chegando a um protesto de Elis Regina, Jair Rodrigues, entre outros, conhecido "Passeata contra as guitarras elétricas". O programa terminaria em 1968, com a saída de Roberto Carlos.


Ney Matogrossso
Então, surgiria a Tropicália. Em 1966, surgiram Os Mutantes: Rita Lee, Arnaldo Baptista e Sérgio Dias, com seu deboche e som inovador. Em 1967, a dupla Caetano Veloso e Gilberto Gil faria as canções "Alegria, Alegria" e "Domingo no Parque", apresentadas no III Festival da Rede Record. No ano seguinte, o álbum Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band fascinou a dupla, levando a apresentações vaiadas em festivais de Record e Excelsior, e ao álbum coletivo Tropicália ou Panis et Circensis, com Mutantes, Gal Costa, Tom Zé, Torquato Neto, Capinan, Rogério Duprat e Nara Leão, considerado um dos melhores álbuns brasileiros da história.

Os Mutantes também criariam carreira grandiosa, com álbuns elogiados a partir de 1968 e chegando a influenciar até Kurt Cobain, do Nirvana. O grupo começaria a se desmanchar com a saída de Rita Lee, em 1973.



Em 1973, surgiram Secos & Molhados, liderados por João Ricardo, com Ney Matogrosso como vocalista, que faziam a chamada "poesia musicada", com canções muito bem elaboradas como "Rosa de Hiroshima" ou "Prece Cósmica", apesar de alguns flertes menos poéticos e mais divertidos como "O Vira". Dois álbuns e um ano depois, em 1974, o grupo com sua formação clássica (João, Ney e Gerson Conrad) se desfez.

Raul Seixas
Em 1973 surgiu outro ícone: Raul Seixas, que vendera 600.000 compactos de "Ouro de Tolo" em poucos dias e se tornaria "bardo dos hippies" com músicas debochadas como "Mosca na Sopa" e "Maluco Beleza", esotéricas como "Eu Nasci Há Dez Mil Anos Atrás" e "Gita", e as motivacionais "Metamorfose Ambulante" ( que compunha aos 14 anos) e "Tente Outra Vez".

Movimentos surgiram em outros locais do Brasil: em Minas Gerais, o "Beatlesco" Clube da Esquina, liderado por Milton Nascimento e Lô Borges; e no Nordeste, a "nova onda" dos Novos Baianos, além da chamada "Invasão Nordestina": artistas que misturaram o sertanejo ao rock, como Fagner, Zé Ramalho e Belchior.
Rita Lee ao centro na época dos Mutantes

Mesmo com o pouco espaço na mídia, várias bandas e estilos se destacavam no circuito underground da época, como o progressivo regional de O Terço (que chegou a gravar um álbum em inglês voltado para o mercado italiano), o hard rock do Made in Brazil, o rock rural de Sá, Rodrix e Guarabyra e o hard progressivo do Casa das Máquinas.

No verão de 1975 foi organizado o pioneiro festival de rock no Brasil, o "Hollywood Rock", patrocinado pela companhia Souza Cruz, no Rio de Janeiro.Participaram os grupos Vimana, O Peso, Rita Lee & Tutti Frutti, além dos cantores Erasmo Carlos, Celly e Tony Campelo e Raul Seixas. As apresentações foram registradas no documentário Ritmo Alucinante, lançado no mesmo ano.

ANOS 70

Foi a época em que aconteceu a crise do petróleo, o que levou os Estados Unidos, o Brasil, a Suécia e o Reino Unido à recessão, ao mesmo tempo que economias de países como o Japão e Alemanha, na época Alemanha Ocidental começavam a crescer. Nesta época também surgia a defesa do meio ambiente, e houve também um crescimento das revoluções comportamentais da década anterior. Muitos a consideram a "era do individualismo". Eclodiam nesta época os movimentos músicos das discotecas e também do experimentalismo na música erudita.

Pela televisão, o mundo se tornou infinitamente menos secreto. Richard Nixon, o presidente americano deposto pelo caso Watergate, foi uma "personalidade" típica das telas de televisão dos anos 70. Sua saída do governo foi festejada pela população dos Estados Unidos e o resto do mundo acompanhou todo o escândalo "de perto", através da tela da televisão.

Guerras e política[editar | editar código-fonte]
Dá-se a Revolução dos Cravos em Portugal (25 de Abril de 1974) e a independência das então colónias portuguesas em África: Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe. Timor-Leste também proclamou a sua independência em 1975, mas foi imediatamente invadido pela Indonésia, uma ocupação que durou até 1999.

Na União Soviética, sob a gestão neo-stalinista de Brejnev, a economia caminhava progressivamente, o que permitiu tornar o exército vermelho o mais poderoso e influente no mundo, atemorizando os norte-americanos, que preferiram tomar o caminho da paz, nas gestões de Richard Nixon, Gerald Ford e Jimmy Carter.

Neste período, as corridas espacial e armamentista se encerraram, dando lugar a um progresso humanístico, que visava não o interesse individual das potências, mas sim da humanidade, o período da chamada humanidade progressista.

Em Angola e Moçambique estalaram guerras civis (a guerra civil de Angola e a Guerra de desestabilização de Moçambique) com grande envolvimento de outros países, dentro do contexto da guerra fria. Ao mesmo tempo, intensificavam-se as lutas de libertação da Rodésia (que ascendeu à independência em 1980) e da Namíbia, que só se libertou da África do Sul com a derrocada do regime do apartheid na África do Sul, em 1990.

Em vários estados democráticos, especialmente no Japão, na França e na Suécia, mas também naqueles em que vigiam regimes ditatoriais, Espanha, Grécia e países do Cone Sul, os anos 1970 foram marcados por violência política, luta armada e terrorismo de esquerda e de direita, bem como pelo endurecimento do aparato repressivo estatal.


Termina a Guerra do Vietname, com a derrota dos Estados Unidos e reunificação do país.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

BOSSA NOVA II

ESSA BOSSA É NOSSA!!

No caso brasileiro, pode-se dizer que os anos 60 começam com o surgimento da Bossa Nova.
Acho que todos concordam que ela começa com a batida de violão de João Gilberto na música Chega de saudade, incluída no disco de Elizeth Cardoso Canção do amor demais (1958). 
A voz de Elizeth representava o padrão do “vozeirão” da Era do Rádio: a cantora tinha potência, usava muito vibrato, portamentos e prolongava as vogais. Coisa que os jovens classe-média-zona-sul da época julgavam muito antiquado. 
O violão de João Gilberto era a grande sacada. O cantor gravou novamente a canção em seu primeiro LP, de 1959. A interpretação vocal escolhida sugeria o que seria o novo estilo: a contenção, a economia de meios. Nada de vibrato, pouco volume, sem prolongamentos vocálicos a diluir a rítmica da canção. 
Em torno da interpretação de João Gilberto para as canções de Jobim foram surgindo uma série de músicos articulados com um projeto de representação moderna do Brasil através da música popular. Este projeto de fazer soar um Brasil moderno remontava às experiências musicais do modernismo, especialmente Villa-Lobos. Os modernistas haviam protagonizado uma representação musical do Brasil, mas aplicada à partitura que soava nas salas de concerto. 
Desde a publicação da Revista de Música Popular (1954-56), ficava patente que um grupo de jornalistas e memorialistas começava a cultivar a ideia de que a representação sonora do Brasil se faria não mais pela aplicação de características da música popular às técnicas de composição de música erudita. Mas sim, os próprios compositores populares, calcados na ideia de que o samba dos anos 1920/30 representava a brasilidade autêntica, iriam processar a representação do Brasil moderno em suas canções. 
A ideia estava perfeitamente na onda do entusiasmo desenvolvimentista de fins da década de 1950. Juscelino Kubitscheck chegou a ser apelidado de “presidente Bossa Nova”. 
Na virada de 1961/62 a coisa mudou completamente de figura: o entusiasmo de crescer “50 anos em 5″ revelava sua face obscura. O crescimento acelerado foi feito com excesso de endividamento, comprometimento das finanças públicas, e dependência das multinacionais. O resultado foi a inflação descontrolada, e problemas no balanço de pagamentos. 
A crise se agravou com a renúncia de Jânio Quadros, e as histórias em torno da luta para garantir a posse do vice-presidente eleito – João Goulart, estão muito bem contadas na biografia recém publicada pelo historiador Jorge Ferreira (fiz uma resenha disso aqui na Gazeta). 
Ou seja, em 1962 , o Brasil vivia uma percepção aguda dos problemas sociais e do subdesenvolvimento. Às greves e à radicalização do clima político, equivalia uma agitação cultural sem precedentes, com o envolvimento da juventude universitária como grupo privilegiado de circulação e produção de uma cultura nacionalista e de esquerda. Havia uma percepção de que a Bossa Nova tinha feito a necessária modernização estética, mas carecia de conteúdo. 
Essa reviravolta nos conteúdos, construiu em cima das conquistas harmônicas e estéticas da Bossa Nova um novo gênero de canção, alcunhado Bossa Nova Nacionalista, ou Canção de Protesto, ou ainda, Canção Engajada. 
Para percebermos estas mudanças, escutamos as seguintes canções: 

Carlos Lira – Influência do jazz (1963) 
Baden Powell e Vinícius de Moraes – Canto de Ossanha (1966)

 Edu Lobo – Borandá (1967)

BOSSA NOVA

 

Bossa Nova é um movimento da música popular brasileira do final dos anos 50 lançado por João Gilberto, Tom Jobim, Vinícius de Moraes e jovens cantores e/ou compositores de classe média da zona sul carioca, derivado do samba e com forte influência do jazz. De início, o termo era apenas relativo a um novo modo de cantar e tocar samba naquela época, ou seja, a uma reformulação estética dentro do moderno samba carioca urbano. Com o passar dos anos, a Bossa Nova tornou-se um dos movimentos mais influentes da história da música popular brasileira, conhecido em todo o mundo, um grande exemplo disso é a música Garota de Ipanema composta em 1962 por Vinícius de Moraes e Antônio Carlos Jobim.
A palavra bossa apareceu pela primeira vez na década de 1930, em Coisas Nossas, samba do popular cantor Noel Rosa: O samba, a prontidão/e outras bossas,/são nossas coisas(...). A expressão bossa nova passou a ser utilizada também na década seguinte para aqueles sambas de breque, baseado no talento de improvisar paradas súbitas durante a música para encaixar falas.
Alguns críticos musicais destacam uma certa influência que a cultura americana do Pós-Guerra, de músicos como Stan Kenton, combinada ao impressionismo erudito, de Debussy e Ravel, teve na bossa nova, especialmente do cool jazz e bebop. Embora tenha pouca influência de música estrangeira como o Jazz, a Bossa Nova possui elementos de samba sincopado. Além disso, havia um fundamental inconformismo com o formato musical de época. Os cantores Dick Farney e Lúcio Alves, que fizeram sucesso nos anos da década de 1950 com um jeito suave e minimalista (em oposição a cantores de grande potência sonora) também são considerados influências positivas sobre os garotos que fizeram a Bossa Nova.
Um embrião do movimento, já na década de 1950, eram as reuniões casuais, frutos de encontros de um grupo de músicos da classe média carioca em apartamentos da zona sul, como o de Nara Leão, na Avenida Atlântica, em Copacabana. Nestes encontros, cada vez mais frequentes, a partir de 1957, um grupo se reunia para fazer e ouvir música. Dentre os participantes estavam novos compositores da música brasileira, como Billy Blanco, Carlos Lyra, Roberto Menescal e Sérgio Ricardo, entre outros. O grupo foi aumentando, abraçando também Chico Feitosa, João Gilberto, Luiz Carlos Vinhas, Ronaldo Bôscoli, entre outros.

Primeiro movimento musical brasileiro egresso das faculdades, já que os primeiros concertos foram realizados em âmbito universitário, pouco a pouco aquilo que se tornaria a bossa nova foi ocupando bares do circuito de Copacabana, no chamado Beco das Garrafas.


No final de 1957, numa destas apresentações, no Colégio Israelita-Brasileiro, teria havido a ideia de chamar o novo gênero - então apenas denominado de samba sessions, numa alusão à fusão entre samba e jazz -,devido a um recado escrito num quadro-negro, provavelmente escrito por uma secretária do colégio, chamando as pessoas para uma apresentação de samba-sessions por uma turma "bossa-nova". No evento participaram Carlos Lyra, Ronaldo Bôscoli, Sylvia Telles, Roberto Menescal e Luiz Eça, onde foram anunciados como "(...)grupo bossa nova apresentando sambas modernos".

ERA DO RÁDIO III

Na década de 1995 o radio já havia se consolidado como grande veículo de comunicação no Brasil, já produzia grandes estrelas e grandes sucessos. Nesse site GGN podemos ver um post muito interessante sobre o período, inclusive porque a autora do post fez um trabalho legal pegando as músicas tops em cada década a partir de 1900.