quinta-feira, 23 de junho de 2016

PERSONA- LUIS GONZAGA

Luiz Gonzaga do Nascimento, conhecido como o Rei do Baião, (Exu, 13 de dezembro de 1912 — Recife, 2 de agosto de 1989) foi um importante compositor e cantor popular brasileiro. Foi uma das mais completas, importantes e inventivas figuras da música popular brasileira. Cantando acompanhado de sua sanfona, zabumba e triângulo, levou a alegria das festas juninas e dos forrós pé-de-serra, bem como a pobreza, as tristezas e as injustiças de sua árida terra, o Sertão Nordestino, ao resto do país, numa época em que a maioria desconhecia o baião, o xote e o xaxado.


Admirado por grandes músicos, como Dorival Caymmi, Gilberto Gil, Raul Seixas, Caetano Veloso, entre outros, o genial instrumentista e sofisticado inventor de melodias e harmonias, ganhou notoriedade com as antológicas canções "Baião" (1946), "Asa Branca" (1947), "Siridó" (1948), "Juazeiro" (1948), "Qui Nem Jiló" (1949) e "Baião de Dois" (1950).

PERSONA - FAUSTO FAWCETT

Fausto Fawcett (nome artístico de Fausto Borel Cardoso, Rio de Janeiro, 10 de maio de 1957) é um jornalista, autor teatral, escritor de ficção científica e compositor brasileiro. Seu "sobrenome" é uma homenagem à atriz Farrah Fawcett.

Seus três principais álbuns gravados são "Fausto Fawcett e os Robôs Efêmeros" (1987), "Império dos Sentidos" (1989) e "Fausto Fawcett e Falange Moulin Rouge" (1993), que têm Laufer como seu principal parceiro.

Seu maior êxito nas rádios foi com a canção "Kátia Flávia", de 1987, em parceria com Laufer. Presente na trilha sonora da novela da Rede Globo O Outro e do filme franco-britânico Lua de Fel (1992), dirigido por Roman Polanski (e estrelado por Hugh Grant e Peter Coyote), a canção foi regravada dez anos depois por Fernanda Abreu. A segunda faixa a emplacar entre as 10 mais do Top-Pop Carioca foi, junto com Fernanda Abreu e Laufer, "Rio 40 Graus", de 1993, e também utilizada no filme Tropa de Elite (2007), de José Padilha.


Seus livros seguem a estética de suas músicas e frequentemente tem como cenário uma versão cyberpunk do bairro de Copacabana, da cidade do Rio de Janeiro. Entre suas obras se destacam Santa Clara Poltergeist (1990), também transformada em show, e Básico Instinto (1992).

PERSONA - RAUL SEIXAS

Raul Santos Seixas (Salvador, 28 de junho de 1945  — São Paulo, 21 de agosto de 1989) foi um cantor e compositor brasileiro, frequentemente considerado um dos pioneiros do rock brasileiro. Também foi produtor musical da CBS durante sua estada no Rio de Janeiro, e por vezes é chamado de "Pai do Rock Brasileiro" e "Maluco Beleza". Sua obra musical é composta por 17 discos lançados em seus 26 anos de carreira e seu estilo musical é tradicionalmente classificado como rock e baião, e de fato conseguiu unir ambos os gêneros em músicas como "Let me Sing, Let me Sing" . Seu álbum de estreia, Raulzito e os Panteras (1968), foi produzido quando ele integrava o grupo Raulzito e os Panteras, mas só ganhou notoriedade crítica e de público com as músicas de Krig-ha, Bandolo! (1973), como "Ouro de Tolo", "Mosca na Sopa", "Metamorfose Ambulante". Raul Seixas adquiriu um estilo musical que o creditou de "contestador e místico", e isso se deve aos ideais que vindicou, como a Sociedade Alternativa apresentada em Gita (1974), influenciado por figuras como o ocultista britânico Aleister Crowley.


Cético e agnóstico, Raul se interessava por filosofia (principalmente metafísica e ontologia), psicologia, história, literatura e latim e algumas ideias dessas correntes foram muito aproveitadas em sua obra, que possuía uma recepção boa ou de curiosidade por conta disso. Ele conseguiu gozar de uma audiência relativamente alta durante sua vida, e mesmo nos anos 80 continuou produzindo álbuns que venderam bem, como Abre-te Sésamo (1980), Raul Seixas (1983), Uah-Bap-Lu-Bap-Lah-Béin-Bum! (1987) e A Panela do Diabo (1989), esse último em parceria com o também baiano e amigo Marcelo Nova, e sua obra musical tem aumentado continuamente de tamanho, na medida em que seus discos (principalmente álbuns póstumos) continuam a ser vendidos, tornando-o um símbolo do rock do país e um dos artistas mais cultuados e queridos entre os fãs nos últimos anos. Em outubro de 2008, a revista Rolling Stone promoveu a Lista dos Cem Maiores Artistas da Música Brasileira, cujo resultado colocou Raul Seixas figurando a posição 19ª , encabeçando nomes como Milton Nascimento, Maria Bethânia, Heitor Villa-Lobos e outros. No ano anterior, a mesma revista promoveu a Lista dos Cem Maiores Discos da Música Brasileira, onde dois de seus álbuns apareceram Krig-ha, Bandolo! de 1973 atingiu a 12ª posição e Novo Aeon ficou em 53º lugar, demonstrando que o vigor musical de Raul Seixas continua a ser considerado importante hoje em dia.

PERSONA- ZECA PAGODINHO

Zeca inaugura nossa série PERSONA sobre figuras importantes da música brasileira. Espero que gostem. 
   
Zeca Pagodinho, nome artístico de Jessé Gomes da Silva Filho, (Rio de Janeiro, 4 de fevereiro de 1959) é um cantor e compositor brasileiro. Gravou mais de 20 discos e é considerado um grande nome do gênero samba e pagode. O artista, que começou sua carreira nas rodas de samba dos bairros de Irajá e Del Castilho, subúrbio do Rio de Janeiro, tornou-se tão imensamente popular que seus shows chegam a ser contratados por cachês generosos, sendo realizados nas mais badaladas casas de espetáculo do país. Sempre fiel a suas características de irreverência e jocosidade, Zeca recebe também reconhecimento da crítica e de artistas e compositores consagrados. Nei Lopes afirma que o sambista "é uma das poucas unanimidades nacionais, elevado ao patamar do mega-estrelato pop pelas gravadoras".
Filho de Irinéia e Jessé, Zeca nasceu em Irajá onde desde pequeno passou a frequentar rodas de samba influenciado por sua família. Morou em vários bairros do Rio mas sempre demonstrou enorme apreço por Xerém (distrito de Duque de Caxias), na qual possui um sítio e uma escola de música para crianças carentes da região. Sua primeira gravação foi em 1983, com o samba "Camarão que dorme a onda leva", de sua autoria e de Arlindo Cruz, a partir do convite de sua madrinha Beth Carvalho. Em 2003, no auge de sua carreira, foi o primeiro artista de Samba a gravar um especial de TV, CD e DVD pela MTV Brasil (tradicional reduto do pop rock).
FONTE: WIKIPÉDIA

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Movimento Rap no Brasil

O rap surgiu no Brasil em 1986, na cidade de São Paulo. Os primeiros shows de rap eram apresentados no Teatro Mambembe pelo DJ Theo Werneck. Na década de 80,  as pessoas não aceitavam o rap, pois consideravam este estilo musical como sendo algo violento e tipicamente de periferia.

Na década de 1990, o rap ganha as rádios e a indústria fonográfica começa a dar mais atenção ao estilo. Os primeiros rappers a fazerem sucesso foram Thayde e DJ Hum. Logo a seguir começam a surgir novas caras no rap nacional: Racionais MCs, Pavilhão 9, Detentos do Rap, Câmbio Negro, Xis & Dentinho, Planet Hemp e Gabriel, O Pensador.

O rap começava então a ser utilizado e misturado por outros gêneros musicais. O movimento mangue beat, por exemplo, presente na música de Chico Science & Nação Zumbi fez muito bem esta mistura.

Nos dias de hoje o rap está incorporado no cenário musical brasileiro. Venceu os preconceitos e saiu da periferia para ganhar o grande público. Dezenas de cds de rap são lançados anualmente, porém o rap não perdeu sua essência de denunciar as injustiças, vividas pelos pobres das periferias das grandes cidades.

O RAP, quando chegou ao Brasil, foi chamado de funk falado. Jovens que acompanhavam as apresentações dos breakers começaram a improvisar e a compor rimas para serem cantadas por cima das músicas que eram tocadas.

Assim, apareceram os primeiros “tagarelas”, como eram chamados os rappers. O funk falado, os movimentos do break e as músicas foram espalhados pelas periferias paulistanas através dos bailes que aconteciam nas ruas, nas escolas e nos clubes dos bairros que já veiculavam black music há algumas décadas.

No fim da década de 1980, alguns grupos de RAP já estavam formados e apresentavam seus talentos em concursos promovidos pelas grandes equipes organizadoras de bailes blacks na cidade de São Paulo – Chic Show, Black Mad, Zimbabwe, dentre outras. Milton Sales, disque jóquei, reuniu os vários grupos de RAP e passou a promover concursos e apresentações. Ele também criou o MH2O (Movimento Hip-Hop Organizado) para facilitar a difusão do RAP na periferia e produziu, em estúdios de gravação alugados, os primeiros discos desse gênero musical, que traziam coletâneas contendo as rimas dos rappers. Foi numa dessas coletâneas que surgiu o grupo Racionais MC’s. Para difundir o RAP na cidade, Milton Sales recebeu o apoio da Prefeitura de São Paulo, que na época estava sob a direção de Luiza Erundina.

quarta-feira, 1 de junho de 2016

MANGUE BEAT

Manguebeat (também grafado como manguebit ou mangue beat) é um movimento contracultura surgido no Brasil na década de 90 em Recife que mistura ritmos regionais, como o maracatu, com rock, hip hop, funk rock e música eletrônica. O movimento tem como principais críticas o abandono econômico-social do mangue, da desigualdade de Recife (não apenas desta, sendo apenas um reflexo do descaso do Estado fora do eixo Rio-São Paulo).
Apesar de ter bases já na década de 1970 com o
guitarrista Robertinho de Recife com os álbuns "Jardim da Infância" (1977), "Robertinho no Passo" (1978) e "E Agora pra Vocês... Suingues Tropicais" (1979), o Manguebeat tem como ícone o músico Chico Science, falecido vocalista da banda Nação Zumbi, que junto com Fred 04, Renato L e Helder Aragão, idealizaram o rótulo "mangue", divulgando ideias, ritmos e contestações do Manguebeat. Fred, vocalista da banda Mundo Livre S/A, foi autor do primeiro manifesto do Mangue de 1992, intitulado "Caranguejos com cérebro".
O objetivo do movimento surgiu de uma metáfora idealizada por Zero Quatro, ao trabalhar em vídeos ecológicos. Como o ecossistema mangue é chave na biodiversidade global, o Manguebeat precisava formar uma cena musical tão rica e diversificada como os manguezais. Devido a principal bandeira do mangue ser a diversidade, a agitação na música contaminou outras formas de expressão culturais como o cinema, a moda e as artes plásticas. O Manguebeat influenciou muitas bandas de Pernambuco e do Brasil, sendo o principal motor para Recife voltar a ser um centro musical, e permanecer com esse título até hoje.
Com o surgimento de várias bandas no cenário recifense, gravadoras como Sony, Virgin e outras famosas, deram início a uma contratação de bandas que se incluíam nesse cenário Mangue.

Notáveis bandas do gênero Manguebeat incluem Mundo Livre S/A, Chico Science & Nação Zumbi, BaianaSystem, Sheik Tosado, Mestre Ambrósio, DJ Dolores, Comadre Fulozinha, Jorge Cabeleira, Eddie, Via Sat e Querosene Jacaré.